EU, JOHN
Não sei porquê, telefono à Sarah quando saio da casa do Tom.
O que é que eu fiz? Nunca na vida bati numa mulher; quando me rejeitam, encolho os ombros e sigo em frente.
Bati na Louisa, que conheço há anos e com quem tive encontros escaldantes, intensos.
O corpo da Louisa é esbelto, a pele é suave e faz amor com uma paixão, com um desejo que se entrelaça na perfeição com o meu e voamos.
Mesmo quando estamos com o Tom.
Porquê? Porque é que lhe bati?
A Sarah encontra-se comigo no bar do Hotel, conto-lhe rapidamente o que se passou e ela fica muito séria.
Não respeitaste as regras, diz e quando eu insisto em saber que regras infringi, a Sarah encolhe os ombros, invadiste o espaço dela, arruinaste o momento dela, foste mesmo um canalha.
Fico aturdido, confuso e a Sarah continua, talvez estejas cansado de a partilhar com o Tom, talvez queiras experimentar uma coisa diferente e a Louisa pode não ser a companheira ideal para isso.
O que queres dizer? a Sarah volta a sorrir, acaba de beber o vinho, esse é um problema teu!
Beija-me ao de leve na face, saí do bar, faz com que as conversas cessem.
Fico com a impressão de que também queimei uma ponte com ela.
Mas, talvez tenha razão e eu esteja cansado de partilhar a Louisa com o Tom, de a sentir vibrar, encontrar-se no desejo dele.
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