EU, SARAH IV


O John grita também, respiramos fundo e separamo-nos.

O Tom e a Louisa estão deitados em cima do tapete, a mão do Tom percorre-lhe o corpo lentamente, aproxima-se da vulva.

Eu sorrio, estou com sede, há um tabuleiro com copos, uma garrafa de água, outra de champagne, um balde de gelo.

Abro a de água, bebo uns golos e observo o John, ali em pé, nu a observar os outros dois a fazerem amor.

Respira fundo, há desejo no olhar, está a ficar excitado, o membro está a ficar novamente erecto.

Penso que vai competir com o Tom pela atenção da Louisa, afastá-lo rudemente e exigir rendição completa.

Mas não, continua ali parado, à espera que eles acabem.

Nem o Tom nem a Louisa se apercebem desta luta, os corpos totalmente fechados no prazer que se liberta nos gritos que soltam.

Depois, a Louisa larga o corpo do Tom, acomoda-se melhor no tapete e fecha os olhos.

O Tom também fica quieto e é então que o John descontraí, sorri, um sorriso trocista, calculista que me assusta um pouco.

Deita-se ao lado da Louisa e reclama um beijo.

Não sei porquê, sinto-me uma intrusa e visto-me.

Nenhum dos três dá conta que saí.

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