ERÓTICA II

 


A Louisa não sabe o que a fez telefonar ao Tom.

Nem sabe porque acendeu velas, colocou-as em intervalos precisos no corredor e deixou a porta do quarto entreaberta.

Nem porque se sentou, encostada ao "pole" com as pernas entreabertas apenas com uma luz a incidir-lhe no corpo que continua nu.

Mas gosta de ver a expressão de surpresa, primeiro, depois de desejo no rosto de Tom.

O Tom que abre a porta devagarinho, fica uns segundos com a mão no puxador a devorá-la, sim, é a palavra correcta, com o olhar.

Sorri, entra e fecha a porta muito devagarinho.

Despe-se tão lentamente que a Louisa tem vontade de gritar, sente o corpo tenso, a vulva a contrair-se de desejo.

O Tom ajoelha-se em frente dela, afasta-lhe as pernas, deixa a mão vaguear até à vulva húmida, mas é nos lábios que a beija fortemente.

Como se não houvesse amanhã....


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